AGRADECIMENTO


Retratos que vencem o tempo, que se perpetuam por anos e anos, costumam ser o resultado de fotos bem tiradas, que oferecem ângulos,  luz e enquadramentos procedentes. Assim são as fotos guardadas em álbuns. Ou ainda, as fotos  atuais, dispostas nos computadores e nos celulares, para, em ocasiões especiais, voltarem à lembrança e  muito estoicamente ganharem  visualizações  nas redes sociais.  
Outra maneira de retratar e perpetuar o tempo, é registrar em palavras com a  capacidade de estender-se para além da imagem estática.
É o que pretendo agora. Faço então uma volta ao passado e revivo momentos marcantes da vida estudantil, na certeza de estar compartilhando da mesma emoção, com as senhoras –   hoje ex-alunas do IE como eu.
E assim quero retratar com palavras: A menina no pavilhão da escola recebendo o símbolo de entrada no Ginásio – era então a Festa do Laço.  As escaladas de dois em dois degraus na  escadaria, as correrias pelos largos corredores, as orações apressadas no pequeno oratório da entrada, antes de entrar na sala de aula e encarar a sabatina para a qual não estava suficientemente preparada. Quatro anos passados e a decisão de cursar o Magistério. Mais três anos na  escola e, para as tantas que ficariam, porque a maioria não abandonaria o IE sem  um motivo convincente, abria-se uma nova fase. Era o caminho para a profissão de professora. Então eram frequentes as conversas no pátio, os encontros combinados e realizados fora da escola,  as reuniões dançantes organizadas com a proposta de uma excursão ao final do curso de Magistério. Conheci nesta ocasião o Rio de Janeiro – mais do que uma viagem,  uma aventura e uma ânsia de liberdade.
O tempo passa e, após a docência em 2 escolas públicas,  o casamento  e a chegada dos  filhos, a jovem volta à sala de aula no IE  para um curso de extensão no Magistério. Novos professores, novas atribuições e conquistas. Ao final do curso,  aceita o convite para orientar as classes de 4º ano no IE. Desenvolve o trabalho com ardor e, por fim, é indicada para  integrar o grupo de profissionais do ensino no  extinto Centro de Pesquisas e Orientação Educacionais – CPOE – entidade reconhecida no Estado do Rio Grande do Sul, como a mais importante  instituição propagadora de formação educacional e cultural. Volta aos bancos escolares e faz Curso na PUC de Especialização em Supervisão Escolar. A aposentadoria como Especialista em Supervisão Escolar não faz com que se encerrem as atividades.
Hoje, a ex-aluna do Instituto de Educação  Gen. Flores da Cunha dá aula em oficinas literárias visando a  formação de escritores. E segue escrevendo  e compartilhando suas criações literárias junto a escolas públicas e privadas em conversas com os pequenos e jovens leitores.

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