FESTERÊ NA NOVA PROVA

No dia 22, a Editora Nova Prova reuniu em sua sede na Av. Amazonas, uma criançada legal. Com muitos comes e bebes, contação de histórias e brincadeiras, as crianças se divertiram na tarde. E ainda levaram para casa sacolinhas recheadas de livros infanto-juvenis.
Compareci com o Bruxalisa e Lagartixa pintando histórias para a meninada. O Fá e a Anna Júlia, principalmente ela em seu 1 ano e sete meses, participaram das brincadeiras.
Parabéns à Nova Prova que se lança em atividades que fortalecem os laços entre o livro e o leitor infanto-juvenil. Bonita iniciativa. Que as gurias da Nova Prova persistam em projetos deste porte.

Sessão de Autógrafos Coletiva na 25ª Feira do Livro de Osório












No sábado, dia 04 de dezembro, aconteceu a Sessão de Autógrafos Coletiva dos escritores da AELN – Associação de Escritores do Litoral Norte – na 25ª Feira do Livro de Osório.


À convite da Organização da Feira estiveram presentes junto aos escritores, a autora e o menino ilustrador de Bruxalisa e Lagartixa pintando histórias – Jacira Fagundes e Lucas Alves Cardoso, 10 anos, aluno da E.E.E.F. Vicente Neves Caparelli, de Santo Antonio da Patrulha.

Foi dada a palavra a cada um dos escritores para apresentação. Jacira apresentou ao público presente a trajetória do livro, desde o I Concurso Menino do Livro que premiou dois meninos para ilustrarem Bruxalisa..., passando pela escolha das duas melhores ilustrações pelo júri formado e atividades subsequentes, até a criação do texto e das ilustrações e publicação do livro. Agradeceu à Professora Maria Goretti Cairuga e salientou o talento e a força de vontade do menino Lucas.

A seguir, passou-se à sessão de autógrafos, onde Lucas, muito compenetrado, estreou nos autógrafos ao lado de Jacira Fagundes, recebendo muitos cumprimentos do público.

As fotos registram momentos marcantes do evento.

25ª Feira do Livro de Osório

Na terça-feira, dia 30, às 10h30 e às 15 horas,segue a programação do livro Bruxalisa e Lagartixa pintando histórias. Desta vez, a bruxinha e o Lagartixa se apresentarão no município de Osório, na sua 25ª Feira do Livro.
O grande homenageado será o Lucas Alves Cardoso, de Santo Antonio da Patrulha, que deverá estar presente com sua professora Maria Goretti Cairuga e uma comitiva da escola.
Após o evento, o Lucas terá sua primeira sessão de autógrafos aos professores que comparecerem com suas turmas.
Quem estiver lá por Osório, não esqueça de chegar para prestigiar o Lucas ilustrador.

Lançamento de Bruxalisa e Lagartixa pintando histórias

                 56ª Feira do Livro de Porto Alegre com a comitiva da EEEF Carlos Wortmann, de Canela



                                                               CARTA ABERTA




Á Professora Tânia Lourenço,

ao aluno Marlon de Brito

e aos demais alunos presentes no lançamento do livro

Bruxalisa e Lagartixa pintando histórias

na 56ª Feira do Livro em Porto Alegre.



Á Escola Estadual de Ensino Fundamental Carlos Wortmann de Canela,

e à Coordenação da 17ª Feira do Livro do município de Canela



Meus queridos,



Desejo registrar o contentamento em ter vivido momentos de tamanha emoção junto a cada um de vocês que receberam “Bruxalisa e Lagartixa pintando histórias” em seus corações.

Esta pequena obra infantil, pequena por encerrar em seu interior uma história curta de um garotinho talentoso e de uma bruxinha iniciante em bruxarias, porém grande o suficiente por sua ação educativa e sócio-cultural, coloca em destaque o desempenho de duas crianças de escolas públicas estaduais, acredito que de forma inédita no âmbito escolar.

Prezada Professora Tânia, a resposta que foi dada ao Projeto Histórias que Pintam através do I Concurso Menino do Livro, a partir de teu interesse, que acabou por contagiar alunos sob tua responsabilidade e competência, foi decisivo para o sucesso das ações subsequentes, onde igualmente tua atuação foi constante. Registro, pois, minha gratidão pela confiança no projeto.

Querido Marlon, que alegria foi a parceria frente aos muitos autógrafos que juntos fizemos na 17ª Feira do Livro de tua cidade e depois na 56ª Feira do Livro de Porto Alegre. Preciso te confessar que tua presença adolescente me levou, com intensa emoção, aos momentos passados em sala de aula. Estou feliz por voltar a tais momentos hoje como escritora de obras para crianças e jovens. Parabéns pelas ilustrações que fizeram do Bruxalisa e Lagartixa pintando histórias um livro bonito e atraente.

Queridos alunos que marcaram presença na Feira do Livro de Porto Alegre prestigiando o colega e amigo que se destaca por mérito próprio. Talvez hoje vocês ainda não dimensionem o quanto tal ação carrega de altruísmo e amizade sincera. Meu muito obrigado a cada um de vocês.

À Direção da Escola Carlos Wortmann, que possibilitou a realização da oficina no reduto da escola e pela disponibilidade em dispensar professores e alunos durante as atividades nas duas Feiras, sabedora do quanto isto implica em acomodações de horários, agradeço de coração o entendimento e acolhida.

À Coordenação da Feira do Livro de Canela, que entendeu a abrangência das ações sócio-educativas e culturais envolvidas no processo de divulgação da obra em questão, deixo agradecimentos e me ponho à disposição sempre que for necessário.





Atenciosamente

Jacira Fagundes

Porto Alegre, 13 de novembro de 2010

Lançamento de Bruxalisa e Lagartixa pintando histórias na 56ª Feira do Livro




LEIA UM TRECHO

Lagartixa pegou uma de suas folhas, colocou-a sobre o caderno grande e apoiou o caderno sobre as pernas. Com estes lápis vou desenhar o desenho mais colorido do mundo, você vai ver, sua bruxinha assombração. Estou só na espera pra ver o que vai sair aí, seu Lagartixa convencido. E não é que Lagartixa fez mesmo o desenho mais colorido do mundo com todas as 48 cores da caixa de lápis de cor? Você desenhou a rua com as casas e ainda o poste de luz. Que legal! Você é mesmo bom nisso. Muito bom! Vamos usar nossa caixa de lápis de cor para colorir o mundo.


Lagartixa olhou a bruxinha com certa desconfiança. Achou que ela estivesse brincando. Imagina colorir o mundo com uma única caixa de lápis de cor, mesmo tendo 48 tonalidades. Lagartixa pensava um pouco como o avô, o velho Sr. Draculino – desconfiado e pessimista.

– Acha mesmo que vai dar pra gente colorir o mundo com esta minúscula caixa de lápis de cor? – perguntou apoiando a caixa com o polegar.

– A caixa de lápis não é minúscula, não senhor, é enorme, quase não consigo carregar de tão pesada.

MANIA DE GAVETAS NA 56ª FEIRA DO LIVRO

Mania de Gavetas  se apresenta ao público leitor ali no Memorial, dia 04 às 19 horas.
Compareça e pegue  o seu autógrafo com a Jacira Fagundes. E se encante com a Exposição de Arte Postal no espaço do evento.
Leia o trecho abaixo pra conhecer um pouquinho da Caroline, a protagonista. Mas por favor, não troque por Carolina que ela vira uma onça. Melhor tratá-la por Carol, já vou avisando.



Oi, meu nome é Caroline.Tenho muitos amigos na escola; adoro meu colégio; na aula sou mais ou menos mas nunca tirei nota baixa; minha melhor amiga é a Bruna, a gente é colega desde a escolinha; sou filha única e adoro toda minha família; sou bem tranquila, carinhosa e obediente, eu acho; e não sou encucada. Ah, e um pouco bagunçada também.


Mas sabe mania? Aquela coisa que fica te cutucando e te mandando fazer um troço? Como roer as unhas por exemplo. Pois eu tenho uma mania e só vou parar quando eu resolver que devo. Mesmo que minha mãe fale, que meu pai fale, que minha vó Lurdinha fale, todo mundo fale, não me importo.


Vou continuar bisbilhotando gavetas, qualquer gaveta.







Encerra com sucesso o 3º Festival de Contadores de Histórias

Encerrou no sábado o 3º Festival de Contadores de Histórias da Biblioteca Lucília Minssen


Uma pequena amostra do grupo de crianças do Colégio Marista Nª Srª das Graças que prestigiou a contação de Bruxalisa e Lagartixa pintando histórias, interagindo e se divertindo com as trapalhadas da bruxinha e do amigo Lagartixa.

3º Festival de Contadores na Lucília Minssen

Abre amanhã, 14 de outubro, o 3º Festival de Contadores de Hisórias na Biblioteca Lucília Minssen.
Amanhã participarei de uma oficina, acho que bem interessante, intitulada Histórias de Varal.
E no dia 15, às 15 horas, estarei contando pela primeira vez a história de "Bruxalisa e Lagartixa pintando histórias", livro que será lançado na Feira do Livro.

Fica o convite a todas as escolas para se inscreverem nas oficinas e nas contações de histórias.





Bruxalisa e Lagartixa pintando histórias é o livro infantil muito esperado pelos dois meninos vencedores do I Concurso Menino do Livro, que estarão ilustrando a nova obra. O livro narra a história de uma bruxinha e de um garoto cinzento que, inconformados com o descolorido de suas roupas e de suas vidas, um dia se encontram e partem juntos numa aventura de pintar cores no mundo e fazer as pessoas, e a si próprios, mais felizes.



Lançamento no dia 11 de novembro, às 17 horas, na Ducha das Letras, no Cais do Porto

O politicamente (in)correto na Literatura Infantil

Antes de situar o politicamente correto ou (in)correto, que vem a ter a mesma conotação, porque se está falando da mesma coisa, quero desenvolver o conceito de correção em algum segmento do conhecimento.

Excetuando as ciências exatas, correção nos segmentos das ciências sociais, da moral, da ética, dos valores, da filosofia, sociologia, ciências econômicas e outras tantas o correto é um conceito relativo.

Daí que estabelecer o que é correto ou não para uma sociedade, ou grupo de indivíduos, e principalmente para o segmento das artes em geral é de uma imprecisão desalentadora. É nas artes em geral que se estabelece o uso da plena liberdade , e até o abuso (está aí a polêmica quanto à arte contemporânea, ameaçada muitas vezes de não se constituir arte, porque mal entendida ou suscetível de preconceito. As obras de Gil Vicente na Bienal).

Se é impossível identificar o que é correto ou incorreto nas artes visuais – a pintura, a escultura, a ilustração de obra literária – ou na arte literária, no que diz respeito ao texto – a abordagem do tema, o enfoque, o discurso – como determinar uma política de correção? Como estabelecer os limites para a produção textual, do que se pode abordar, o que não se deve abordar. E para a ilustração, o que pode informar e o que se deve ocultar.E como estamos falando em texto ilustrado já estamos trazendo o livro de literatura infantil e juvenil que costuma oferecer as duas leituras na mesma obra; e simultâneas: da imagem ou ilustração e do texto ou palavra.

Os termos legais – a política dos bens culturais

O Anteprojeto da Lei que altera dispositivos da Lei Autoral – Lei 9.610 de 19/02/1998. A Associação de Escritores e Ilustradores de LIJ, em julho deste ano, enviou carta ao Ministro da Cultura trazendo um pronunciamento da categoria dos profissionais do livro, escritores e ilustradores.

O tratamento dado à produção de arte visual e arte literária no Anteprojeto constitui ato de desprestígio e falta de conhecimento do que seja produção de bens culturais. Autoriza a reprodução e distribuição indiscriminadas sem justa contrapartida para o autor, o que fere o direito autoral.

Tal tratamento é politicamente incorreto, embora a política estatal não o considere.

A Literatura infanto-juvenil vê-se ainda menos entendida por esta política, porque a crítica ainda, em alguns setores, entende o livro infantil uma obra menor. Mas isto está melhorando e muito se deve à escola que entra como mediadora de leitura, cada vez mais legitimando a literatura infantil.

Mas o aspecto que mais nos diz respeito, como escritores de obras infantis, é a obra em si, que deve conter um texto que interesse à criança, que a cative, onde ela experimente emoções de alegria, medo, ansiedade, prazer e até tristeza e raiva. Emoções estas que a criança vive em sua realidade e aprecia retomá-las na ficção como uma brincadeira, um faz de conta, um imaginário, a coisa lúdica e prazerosa.

Mas é um adulto o autor da obra infantil. E o quê escrever e como escrever para crianças, permanecendo adulto? A meu ver, é preciso buscar na memória a sua criança. Não propriamente cenas passadas, mas principalmente estabelecer contato com sua criança, deixá-la brincar, soltar a imaginação, rir, aventurar-se, transgredir, encarar limites, vivenciar a curiosidade. São traços inerentes a todas as crianças, mesmo as de hoje, as que lidam com computadores, celulares e videogames.


Também estabelecer contato e dialogar com a criança de hoje, que difere da criança de ontem justo pela mídia. É uma criança que assiste e interage em programas televisivos e virtuais, que cumpre agenda, que ataca muitas frentes simultaneamente (judô, natação, inglês, shopping, transportes escolares, a propaganda e a informação indiscriminada).

E, por fim, e o que acho mais instigante e difícil para este adulto que escreve, que entra num terreno de fantasia e de descobertas para criar uma história infantil: manter-se longe do texto.

O politicamente correto, neste caso, e isto é garantia de um texto de qualidade, é que este autor adulto pense a criança. Que seu pensar adulto não interfira, nem a voz que costuma aconselhar, educar, assistir, punir, ensinar, estabelecer limites, proteger, moralizar ou socializar, todas estas ações que cabem ao adulto na realidade, que se as evite na ficção pois que o livro infantil é terreno infantil.

Claro que a ideia que o escritor tem da criança para a qual direciona sua obra, será sempre compatível com os próprios valores e sua concepção de mundo, que se deseja naturalmente sadio em todos os aspectos e sustentável.

Incorreto seria estabelecer a priori o que pertence ou não pertence ao universo infantil e negar a existência de matéria, que igualmente ocupa a mente infantil mas que é considerada tabu ou assunto polêmico por alguns, como morte, violência, desejo e sexo, por exemplo, que as julgam inadequadas e não pertencentes ao universo da criança.

Isto ocorre, por vezes, com o autor da obra infantil e não raras vezes, com o próprio Ministério de Educação quando da seleção e indicação de livros para uso das escolas.

Literatura é arte, e como toda arte não prescinde da liberdade, muito pelo contrário, a arte é libertária. A maior ação da arte, para ficarmos no politicamente correto, é questionar o mundo.

A obra infantil ou literatura infantil não se afasta do mesmo conceito.

Sua função é aventar com possibilidades de invenção do mundo, e para tal precisa criar espaço para pensar, discordar, duvidar, sugerir, reorganizar e até transgredir. Espaço para o contraditório e a ambiguidade, para o diálogo com a obra e a experiência pessoal, para a identificação e a estranheza, para o conhecido e o diferente.

Quanto mais leituras o texto literário infantil suscitar, maior será a sua contribuição para a informação e formação da infância na sociedade.

O que é politicamente (in)correto em Literatura Infantil e Juvenil - uma ação da AEILIJ/RS

A AEILIJ/RS vai apresentar na 26ª Feira do Livro de Caxias do Sul,  no próximo dia 06, às 18 horas, no auditório da Feira, uma Mesa Temática com Márcia Leite, Jacira Fagundes  e Flávia Ramos. Mediação de Hermes Bernardi Jr.

O grupo formado por escritores e ilustradores vai  trazer ao público presente o debate sobre o tema: "O que é politicamente (in)correto na Literatura Infantil e Juvenil."

Fica o convite a todos interessados.

Projeto A vez do conto

O Projeto A vez do Conto - O conto como escolha eficaz de leitura -, de minha autoria, foi selecionado no site
               
                  
            

            PROJETOS PEDAGÓGICOS DINÂMICOS
         "Pela paixão de educar e o desafio de inovar"
                                         por Paty Fonte & Equipe PPD


        Acessem o link: http://www.projetospedagogicosdinamicos.com/vezdoconto.htm

MANIA DE GAVETAS

Acertada a data de lançamento e sessão de autógrafos do livro infanto-juvenil Mania de Gavetas na Feira do Livro.

Vai ser no dia 04 de novembro, quinta-feira, às 16 horas.

Local: Memorial do RS

Aguardem.

BRUXALISA e LAGARTIXA anunciam lançamento na Feira do Livro

A sessão de autógrafos de Bruxalisa e Lagartixa pintando histórias, na Feira do Livro, vai acontecer no dia 11 de novembro.

Às 17 horas na Ducha das Letras no Cais do Porto

Espaço reservado para a Literatura Infanto-Juvenil, onde fadas, gnomos, crianças travessas, brincadeiras, animais de toda espécie, palhaços, fantasmas, monstros e criaturas habitantes de mundos estranhos se reúnem e fazem a festa da literatura.

A bruxinha Bruxalisa e o menino Lagartixa estão loucos pra entrar na festa.

Meus lançamentos na 56ª Feira do Livro




Bruxalisa e Lagartixa pintando histórias é o livro infantil muito esperado pelos dois meninos vencedores do I Concurso Menino do Livro, que estarão ilustrando a nova obra. O livro narra a história de uma bruxinha e de um garoto cinzento que, inconformados com o descolorido de suas roupas e de suas vidas, um dia se encontram e partem juntos numa aventura de pintar cores no mundo e fazer as pessoas, e a si próprios, mais felizes.

Mania de Gavetas é uma história bem divertida e também bastante séria a respeito de Caroline, ou de preferência Carol, uma pré-adolescente que tem uma mania estranha. Carol é compulsiva por bisbilhotar gavetas alheias. Na sua trajetória, Carol vai abrindo gavetas que encontra nas casas de colegas; e então se vê frente a problemáticas que envolvem direta ou indiretamente a fase da adolescência.
Uma exposição de arte-postal com o tema: “O que você guarda naquela gaveta especial?” acompanha o lançamento de Mania de Gavetas.

Bruxalisa e Lagartixa no prelo

Bruxalisa e Lagartixa deram um espacinho aqui no blog pra Jacira postar o convite pro encontro na Livraria Saraiva.
Agora a bruxinha e o Lagartixa estão de volta com as notícias.
O Marlon, o ilustrador de Canela, enviou o currículo e uma foto bem legal pra sair no livro. Todas as ilustrações - dele e do Lucas - estão inseridas no texto. O que dá pra dizer é que está ficando uma belezura.
Hoje à tarde a escritora e as moças da editora se reuniram para acertar todos os detalhes da edição. E até já marcaram data para o lançamento. Assim que a coordenação da Feira do Livro confirmar, vamos noticiar a data aqui no blog. Aguardem.

Uma outra novidade. A gente vai ter que dividir outra vez o espaço. É que não estamos sozinhos no prelo. A Jacira tem um outro livro infanto-juvenil saindo. Breve ela vai estar contando sobre o Mania de Gavetas.

Sábado, dia 28, na Livraria Saraiva do Praia de Belas

Para quem gosta de leitura, tem um programa legal no sábado, 28, na Saraiva do Praia de Belas.
Às 15 horas estarei conversando com o público sobre "Contos de autores contemporâneos".
Os títulos selecionados são: O fio das missangas, de Mia Couto; Dicionário de Pequenas Solidões, de Ronaldo Cagiano e No limite dos sentidos de Jacira Fagundes.
Um paralelo a partir de temática, voz narrativa e estrutura de personagens desenvolvidos pelos autores em suas criações.
Entrada franca.

Compareçam!!!

Dinossauros do Lucas




Chegaram as ilustrações para o livro da Bruxalisa e do Lagartixa pintando histórias. Neste findi, a Jacira vai queimar as pestanas pra enquadrar tudo rireitinho que o Marlon e o Lucas fizeram para o livro. Vai ser um trabalho bem sério porque os desenhos dos dois ilustradores merecem respeito. Bons mesmo. Mas não vão aparecer aqui, só no livro publicado. Quem quiser ver, vá depois na Feira do Livro. Bruxalisa e Lagartixa vão ficar se achando.

Não prometi que o Lucas iria mostrar aqui no blog um pouquinho de sua arte no desenho? Olhem que bacanas os dinossauros do garoto.

Página de créditos dos ilustradores

Bruxalisa e Lagartixa já abriram espaço no livro para a 1ª página com créditos para ilustradores.
O 1º a enviar currículo e foto para sua página, aliás uma bonita foto mostrando um belo sorriso, foi o Lucas, de Santo Antônio da Patrulha.
A bruxinha e Lagartixa aguardam com ansiedade os desenhos do Lucas, os dois também querem ver se estão bem nas fotos, ou melhor, na ilustrações.
Lucas reserva uma novidade - vai postar aqui no blog desenhos de dinossauros. Assim, quem visitar o blog por esses dias, vai poder apreciar o talento do guri antes de apreciar seus desenhos no livro publicado.

Ilustradores seguem empenhados nas tarefas de ilustração

Lucas e Marlon seguem empenhados nas ilustrações de "Bruxalisa e Lagartixa pintando histórias". As ilustrações prometem. E os prazos previstos para publicação do livro, ao que tudo indica, deverão ser cumpridos.
A bruxinha e o Lagartixa estão começando a vibrar com o público leitor. Querem contar muitas peripécias. Personagem é assim mesmo, depois de criado fica cutucando o autor e os ilustradores, só para aparecer. E com a cara mais assanhada do mundo.
Como se a gente não tivesse mais nada pra fazer além de apresentá-los aos leitores.

Volta às atividades

Com o término das férias, as tarefas que envolvem a edição do livro Bruxalisa e Lagartixa pintando histórias, retornam com força.
O Lucas, de Santo Antonio da Patrulha, está tão entusiasmado que deu início às ilustrações mesmo durante as férias sob orientação da Goretti, sua professora.
Estamos aguardando pronunciamento do Marlon, do município de Canela, o outro ilustrador.
Aa gurias da editora já fecharam prazos. Está quase aí a Feira do Livro; e Bruxalisa e Lagartixa fazem questão de aparecer por lá.

Bruxalisa e Lagartixa dão largada

BRUXALISA e LAGARTIXA pintando histórias



"Bruxalisa e Lagartixa pintando histórias" começa a tomar forma de livro infantil. A bruxinha e o menino magrelo vão colorir o mundo e fazer as crianças mais felizes nesta nova obra de Jacira Fagundes. O livro já se encontra no prelo, com texto pronto, diagramado e tudo.

O que falta? Faltam os dois vencedores do I Concurso Menino do Livro criarem as ilustrações para o texto. É coisa pra logo. A Bruxalisa e o Lagartixa estão loucos pra mostrarem a cara e seus feitos de magia pra todo mundo e não vão dar moleza para os ilustradores. Não vão mesmo.

Fiquem de olho aqui no blog pra acompanhar a trajetória do livro e algumas façanhas da dupla.

Miniart Faces - Coleção D


Tem abertura hoje a exposição Miniart Faces - Coleção D no Instituto Cultural Brasileiro Norte-Americano, a partir das 19h30. A mostra faz parte do 12º Intercâmbio Internacional de Miniart, que percorreu países como Austrália, Argentina e Canadá.

Compõe a exposição aproximadamente 200 trabalhos produzidos em pequenos formatos com o tema Faces e são apresentadas obras de artistas locais e de outros 15 países.

Jacira Fagundes integra a mostra com a gravura digital "Sob véus".

Homenagem póstuma ao imortal José Saramago

Em 18 de junho de 2010 morre o imortal José Saramago, nome que deixa marca na contemporaneidade com sua literatura polêmica e inovadora. Uma das minhas preferidas, pela inovação na forma, pelos diálogos intermediando a narrativa, pela extrema atenção exigida do leitor.

Leio Saramago saboreando cada frase, cada parágrafo, busco aproximação do sujeito-autor, tento segurar em minhas mãos o tanto de possibilidade que o texto me oferece e contribui para meu ofício de escritora.

Escrevi a crônica abaixo. Foi publicada no jornal RSletras de setembro de 2009. Hoje a escolho para homenagem ao grande e imortal José Saramago.








Do blog ao livro



Há quem afirme que blog é para quem quer agitar, se expor e fazer confidências online; só bobagens anunciadas. Talvez tenha sido assim no início, com a proliferação de todo tipo de blogs fazendo da Internet um campo minado por palavras vazias e inúteis postadas em diários descuidados, vulgaridades e bate-bocas infindáveis.
Hoje a internet é espelho do mundo e os blogs se aperfeiçoaram para mostrar excelência. Não foi à toa que gente de estirpe enveredou pelo caminho da profusão blogueira e fez bonito. Falo do contingente de escritores reconhecidos que até pouco tempo o leitor só encontrava em espaços Vips das grandes livrarias. Falo de escritores premiados, dentre eles um Nobel, do além-mar, José Saramago.
Pois o que se conhece do blogueiro Saramago ainda é pouco. Que a mulher dele, Pilar, criou uma página na Internet para que ele escrevesse o que desse na telha, nos momentos de fastio literário provavelmente. Mas Saramago é escritor; e escritor só escreve literariamente porque pensa literariamente. Daí que no blog de Saramago provavelmente (falo provavelmente porque conheço os livros, não conheço o blog), foram postadas pérolas em formato de textos breves.
O blog oferece uma forma diferente de expressão que chega a muitos destinatários em tempo exíguo. Nada se compara à potencialidade do virtual, seja texto ou imagem. Escritores e artistas não resistiram ao assédio, embora reconheçam que o espaço da Internet é terra de ninguém, isento de confiabilidade e proteção onde o autoral se perde com facilidade. Mesmo assim, bons escritores continuam escrevendo, textos curtos é verdade, porque leitores de blogs parecem não resistir a textos longos ou novelas ou romances. Novamente a questão da contemporaneidade; velocidade e distância ditando normas.
Trazendo um pouco mais da história do blogueiro Saramago, sabe-se ainda que ele postou em sua página textos variados que relatam episódios de viagens, ao Brasil inclusive, algumas críticas a políticos, reflexões, registros, depoimentos e impressões. Ao fim e ao cabo, um belo arsenal de escritos que a partir de agora estarão bem acondicionados num livro, digamos, de verdade. Um livro, uma brochura revelando instigante capa, objeto nosso velho conhecido a oferecer-se com vagar aos olhos e mãos do leitor. O Caderno, este o título do livro que salta do mundo virtual para o real como simples comando copiar/colar de um programador de textos.
O blog de Saramago continua na tela do computador, percorrendo livre o espaço virtual criado. E o livro se organiza: páginas numeradas e textos em sequencia possibilitando o uso de marcador nas pausas de leitura. Do blog ao livro, uma ação procedente que agrada a uns e a outros.
Definir o que é melhor, não me atreveria. Aprecio os meios eletrônicos, a Internet, os blogs e os sites que acondicionam a boa literatura. Não só os visito regularmente, faço presença com um depoimento, uma crônica. O Orkut e o Facebook são vitrines onde realizo chamadas para meu ofício de escritora. Mantenho e atualizo meu site e o que ali posto recebe o mesmo empenho e a mesma qualidade que dedico aos livros que venho publicando anualmente.
No momento, ainda não me ocorre publicar em livro matéria postada no site ou no blog, porém não descarto tal possibilidade. Saramago prova que a ação é apenas uma diferença de suporte – a tela do computador ou o papel. Se o computador mostrou a qualidade literária, por que não formatar a mesma qualidade literária no objeto-livro? Há leitores e leitores. Há os que aguardam as postagens e se beneficiam com a gratuidade. E há os que apreciam o folhear das páginas e não se incomodam com pagar o preço.

Projeto Histórias que Pintam e I Concurso Menino do Livro

O Projeto Histórias que Pintam e o I Concurso Menino do Livro
entram na 2ª etapa

Na última sexta-feira, dia 11 de junho, a Escola Estadual de Ensino Fundamental Carlos Wortmann, do município de Canela, recebeu a Oficina de Leitura e Ilustração, conforme regulamentado no concurso que premiou o aluno Marlon de Brito, em 2009 com a Melhor Ilustração na categoria 11 a 14 anos.
Participaram da oficina, alunos da 6ª e 8ª séries e o menino Marlon de Brito, embora já não pertencente ao quadro de alunos e cursando o 1º ano do Ensino Médio em outra escola, acompanhados da Professora Tânia de Souza Lourenço, que não mediu esforços na concretização do projeto junto a seus alunos, desde a implantação do concurso em 2009.
As oficinas, desenvolvidas em 2009, em escolas e nas Livrarias Saraiva de Porto Alegre e de Caxias do Sul, usaram como suporte de leitura ou de contação da história o livro O Menino do Livro visando ilustrações de capítulos ou cenas escolhidas pelas crianças participantes.
A atual oficina renova a proposta anterior, uma vez que é dirigida a alunos que conheceram o concurso e alguns participaram enviando trabalhos, inclusive o menino vencedor. São objetivos da proposta atual:

.Oferecer à classe de alunos suporte teórico e técnico com vista à ilustração de textos literários
.Aprimorar o potencial do aluno ilustrador, oferecendo suporte teórico e técnico
.Orientar o professor na mediação da leitura do novo texto e no acompanhamento da tarefa de ilustração desenvolvida pelo aluno ilustrador

O texto oferecido para leitura foi o conto: “Cavalinho de balanço” de minha autoria, com leitura oral acompanhada por leitura individual de parte do alunado (o texto foi xerocado pela escola).
A próxima etapa é dirigida apenas ao aluno Marlon de Brito, que terá a supervisão da professora Tânia na tarefa de ilustração do novo texto que vem sendo escrito pela autora, intitulado “Bruxalisa e Lagartixa pintando histórias”.

A seguir, haverá repetição desta oficina, apoiada em novo texto, na Escola Estadual de Ensino Fundamental Vicente Neves Caparelli, de Santo Antonio da Patrulha, para a classe do menino vencedor na categoria 07 a 10 anos – Lucas Alves Cardoso.

Cavalinho de Balanço

Não há lugar para os dois dentro da casa. É uma casa pequena e modesta, mobiliário tosco. A família, maior que a desejada, se acomoda como pode nos cinco cômodos existentes. Ali todos trabalham, são gente de bem, pobres, mas de bem. Os grandes ralam no asfalto, as crianças acompanham na jornada. A avó carrega a casa nas costas, são dela todas as tarefas. Ela está gasta e doente, precisa do Zé Luiz pra tomar conta do bebê novo.
O menino quer brincar com o cavalinho de balanço – o brinquedo que o tio encontrou junto à lixeira de um prédio bacana, fez os reparos necessários, pintou de branco e presenteou Zé Luiz no dia do aniversário. O menino escapa da avó para o terreno baldio no fim da rua. Ele até quis trazer o brinquedo pra dentro e ficar perto do bebê e, assim, fazer sua parte de ajuda à avó. Mas ela não deixa, fala que na casa não há lugar para os dois. Se o menino insistir na teimosia, leva uma sova.
Então ele some e vai brincar. Vão os dois: o menino e seu assecla. Terreno demarcado, amigos de um lado, inimigos de outro, tem início a batalha. De seu território, Zé Luiz percebe o inimigo se aproximar. Vai em pé, afoito, corajoso. Equilibrando-se sobre a madeira estreita que faz de lombo do animal, avança para o ataque. O cavalo salta sobre os pedregulhos, sobre as valetas, pula o amontoado de detritos, no intuito de derrotar o inimigo imaginário e fazer do companheiro o vencedor. Pula em círculo, rodopia em piruetas na defesa do amo. O menino exige que o escudeiro siga em frente, mas então o animal embesta e ele o açoita. Tombam juntos, cavalo e cavaleiro. O inimigo zomba ao ver Zé Luiz erguer com dificuldade o companheiro sujo de lama e tomar o caminho da casa. Lágrimas rolam pelo rostinho afilado, antecipando a surra que o espera.
A avó está na porta. A vara de um verde brilhante reluz numa das mãos, a boca escancarada mostra falha de dois dentes e grita impropérios. Zé Luiz cessou o pranto; olha assustado para a carranca da avó, cara de bruxa. Solta o quadrúpede de madeira na soleira da porta e ameaça entrar, no que é impedido pela voz esganiçada: Volta, praga! Com um zumbido afiado, a vara lhe alcança a canela fina. O garoto engole o soluço e, com temor,ergue o cavalo de pau e o acomoda rápido no monturo junto a outras tralhas no lado de fora da casa. O choro vindo do lado de dentro freia a mão da velha e Zé Luiz ultrapassa a entrada feito vendaval.
Por hora, vê-se a salvo. Com o bebê no colo, encontra na cozinha a mamadeira feita e a aquece no banho-maria, confere a temperatura no dorso da mão e senta na banqueta de palha. A avó voltou aos seus afazeres. O bebê, saciado, adormeceu. O menino calcula que possa deitar o bebê no berço, aproveitando a distração da avó e então possa molhar um trapo velho e escapulir para limpar o companheiro de aventuras. A lama, depois de seca, fica difícil de retirar. Mas a velha é esperta; passou a tranca e lembra Zé Luiz dos deveres que o esperam: cortar os legumes para a sopa, juntar a roupa suja e separar as que pertencem ao bebê; depois lavá-las na bacia grande, recolher do varal e passá-las a ferro. Zé Luiz, num vai-e-vem, procura dar conta do serviço. Ai de seu corpinho franzino se tudo não ficar a contento.

A avó é ranzinza e mandona, mas nem sempre está de maus bofes. Quando lhe vem o cansaço nas pernas que a faz interromper a lida, costuma sentar na banqueta com o cigarro ordinário nos beiços e o pretinho, metade café, metade aguardente, do lado. Conta para o neto histórias de reis e rainhas aprisionados em torres de castelos. Fala que Zé Luiz já foi rei daquela casa, agora o rei é o bebê novo; depois virá outro e outro, como nas histórias de reinados. Zé Luiz gosta das coisas que a avó conta, mas prefere aventurar-se no animal de estimação, vencer as lutas com o inimigo, avançar pelas vielas desconhecidas. Ou então descansar após as batalhas travadas, deixando-se ficar sobre o lombo da criatura fantástica a balançar-se, vaidoso e belo como um rei. Quando acontece da velha cochilar, ele sai sorrateiro, dá a volta na tranca e devolve a alvura ao cavalinho. Depois traz com cuidado o brinquedo sobre os ombros e, orgulhoso, o instala no centro da peça exígua. A velha acorda e sai em busca da vara, mas esbarra no cavalinho e tropeça. O barulho desperta o bebê e o menino corre para pegar o pequeno nos braços.
Zé Luiz precisa do cavalo de madeira e a avó precisa do Zé Luiz; assim, o cerco se fecha. O cavalinho parece entender as necessidades de ambos e põe-se a balançar as patas em curva, como que se oferecendo à cena. O montador dispara no lombo do animal e cavalga intrépido, tendo à frente, preso pela cintura, um outro cavaleiro quase tão exímio montador: o bebê novo, a rir de dobrar as risadas. Na banqueta de palha, a avó exibe a ausência dos dois dentes atrás do sorriso gaiato enquanto esfrega o pano de cozinha encharcado de aguardente no joelho dolorido.

Solicitação de uso de obra de minha autoria


Poesia visual CORTE

A Fundação Padre Anchieta solicita autorização para uso de obra de minha autoria - poesia visual "Corte" - para reprodução da mesma no segundo volume do livro de 8º ano de língua portuguesa num projeto de parceria entre a Secretaria Municipal de Educação do Estado de São Paulo e a Fundação Padre Anchieta.
Estas publicações destinam-se ao reforço de aprendizagem dos alunos da escola pública do município de São Paulo, com distribuição gratuita nas escolas da rede municipal de educação e são complementares aos livros didáticos adotados, não pretendendo substituí-los.

A autorização foi concedida por mim mediante assinatura do Termo de Autorização para Uso de Obra.



Segue um link de apresentação do 1º volume: http://iptvcultura.com.br/cadernosdeapoiosme

Lançamento do Catálogo de Artistas


O Catálogo de Artistas da Associação Chico Lisboa será lançado amanhã, dia 28 no auditório do MARGS.

Tenho o imenso prazer de me fazer presente nesta obra e convido-os para o evento artístico-cultural.

Confraria Reinações


A Confraria Reinações reúne os confrades nesta terça-feira, dia 18, para debater sobre a obra infanto-juvenil Ponte para Terabítia, de Katherine Paterson, com tradução de Ana Maria Machado.

Será na Livraria Letras e Cia, às 19 horas.

O debate é aberto a todos interessados em literatura direcionada a crianças e jovens.


Sobre a obra:


Uma história emocionante vivida por Leslie e Jess, duas crianças que se unem na conquista de um espaço de fantasia em meio ao turbilhão de acontecimentos que envolvem suas famílias e o cotidiano da escola.

Neste ambiente de total cumplicidade e amizade, de trocas, delicadezas e confiança, a narrativa se estrutura trazendo ao leitor o encantamento da infância.

Câmara de Vereadores de Osório homenageia vencedor do I Concurso Menino do Livro




Lucas Alves Cardoso, vencedor no I Concurso Menino do Livro, recebe homenagem na Câmara de Vereadores de Osório


A Câmara de Vereadores do município de Osório abriu suas portas na manhã do dia 06 de maio, para realizar uma sessão solene muito especial. Com abertura ao som do Hino Nacional e desfile de bandeiras, o evento cultural prestou homenagem a crianças e jovens da rede escolar de ensino que foram destaque em 2009/2010, nas áreas do esporte, lazer, educação e cultura.
Com realização da 11ª Coordenadoria Regional de Educação e a presença de autoridades nos diversos setores, o evento cultural prestigiou diferentes projetos ao homenagear os jovens que neles se destacaram.
O menino Lucas Alves Cardoso, 9 anos, aluno da 4ª série da Escola Estadual de Ensino Fundamental Vicente Neves Caparelli, de Santo Antonio da Patrulha, foi um dos alunos homenageados e recebeu troféu por ter obtido o 1º lugar na categoria 07 a 10 anos, no I Concurso Menino do Livro que selecionou a melhor ilustração de um capítulo da obra infanto-juvenil O Menino do Livro, de autoria de Jacira Fagundes.
A convite da 11ª Coordenadoria de Educação, a escritora Jacira Fagundes esteve presente no evento como componente da mesa cabendo-lhe a honra de oferecer o troféu ao pequeno Lucas que se fez acompanhar por sua professora – Maria Goretti Cairuga.
Na ocasião, pedindo permissão à mesa para quebrar o protocolo, a escritora dirigiu-se ao menino vencedor com palavras de louvor e reconhecimento pelo seu empenho e prêmio conquistado, e à professora Maria Goretti pelo estímulo e comprometimento com a causa da educação.
Sob aplausos, crianças e jovens receberam o reconhecimento por seu talento e determinação, apresentaram performances, cantos e peça de teatro, integradas num bonito momento de cidadania junto a autoridades sócio-político-educacionais.

Homenagem ao premiado no I Concurso Menino do Livro

A Câmara de Vereadores do Município de Osório realiza no próximo dia 06/05 evento cultural onde será homenageado o menino Lucas Alves Cardoso, pela premiação no I Concurso Menino do Livro, patrocinado em 2009, pela autora do livro infanto-juvenil O Menino do Livro - Jacira Fagundes.

Lucas Alves Cardoso, de Santo Antonio da Patrulha, vencedor na categoria 07 a 10 anos, será um dos dois ilustradores da próxima obra de Jacira Fagundes, intitulada Histórias que Pintam, programada para o 2º semestre de 2010.

Veja abaixo no blog, em postagem de dezembro/2009, a ilustração vencedora na categoria, criação de Lucas Alves Cardoso.

Breve aqui serão postadas mais notícias e fotos do evento.

4ª feira do Livro de Capão da Canoa






A 4ª feira do Livro de Capão da Canoa, cujo slogan foi, neste ano de 2010, Literatura entre o Mar e a Lagoa, aconteceu na rua Pindorama, na cidade litorânea, entre os dias 27 de março e 04 de abril.
Na manhã do dia 30, a escritora Jacira Fagundes, atendendo convite da Comissão Organizadora da Feira, realizou oficina – A vez do conto –, que reuniu professores da rede de ensino municipal, alunos de segundo grau e público interessado.
“A vez do conto” visa expandir o interesse e a formação do hábito de leitura nas escolas públicas e particulares, com apoio no gênero de literatura– o conto – e sua forma mais reduzida – o mini conto.

Na ocasião, a professora Ana Rute dos Santos, participante da oficina e membro da Comissão Organizadora registrou as fotos do evento.

Sapatos, luvas e maledicências

Em tempo de campanha...sempre é bom lembrar...

Sapatos, luvas e maledicências

“Eu quero um sapato! Tudo sobre uma obsessão feminina” é o título que encontrei recentemente garimpando a livraria.A autora é italiana: Paola Jacobbi. De saída me surpreende que um livro que trate de sapatos como obsessão, consiga o fôlego de encher 136 páginas. Não é pouca coisa para um objeto singular, óbvio e despretencioso. O livro promete de tudo: curiosidades, fetiches, manias, consumidores, colecionadores, adoradores de sapato. A história remonta desde a fascinação do Príncipe por Cinderela, mais ofuscado pelo sapatinho de cristal do que pela bela figura da donzela.
Ela, a autora, justifica o tema: “o sapato apresenta uma enorme vantagem em relação à roupa. Você pode ser gorda ou magra, baixa ou alta, bonita ou feia, mas pode comprar todos os pares de sapatos que quiser”. Aqui o livro apresenta uma razão que me convence. Concordo, qualquer mulher concorda. Que alívio! Existe uma peça do vestuário feminino que independe da distância em que nos encontramos do padrão de beleza. E a gente não havia se dado conta. Aleluia!
Não é o caso da roupa em geral. A cada ano, a moda dita o que será moda. Nas cabeças dos estilistas, a figura da mulher etérea, pálida, translúcida, pernas longas, corpos quase desprovidos de quase tudo. Mulheres ideais que fazem a passarela da moda. Mas e as outras mulheres, a maioria? as que circulam fora das passarelas? Foi o aconteceu com as batinhas e blusinhas do último verão. Elas invadiram as lojas, delicadas, cobertas de fitas e rendas, lindas, umas graças. Mas para uma turminha muito restrita. As demais tiveram que ficar fora...da moda.
Lembro quando o jeans entrou para valer. Calças, bermudas, macacões, saias, jaquetas. Tudo de jeans, o paraíso. Parodiando a italiana, saí à caça: “Eu quero uma saia jeans!” Não calculei a distância em que me encontrava da normalidade. Aproveito para dizer que nem era tão grande, sou uma mulher nem magra nem gorda, comum, penso. Mas a balconista – não só aquela, fiz outras tentativas – me olhou como se eu fosse uma criatura imensa, disforme e mal intencionada. Algum tempo se passou até que a indústria entendesse que o investimento em peças de jeans em tamanhos que excediam o 38, poderia resultar em bom lucro.
Existe aquela expressão bem antiga, “serve como uma luva”, para referir-se às coisas que cabem com perfeição. No geral, as luvas costumam servir em qualquer mão. Espicha-se um pouco, encolhe-se outro tanto, e elas acabam servindo, mais ou menos justas, mais ou menos folgadas. Luvas são como sapatos. Roupa se veste. Luva se calça. Igual sapato. O dito popular se consagra ainda com maior rigor na questão da instabilidade política, da corrupção fermentando em diversos setores da vida pública, do descaso com os problemas cruciais do país. Temos presenciado acusações de todo porte, desrespeito, difamações, falácias, calúnias, escândalos. Temos convivido com extorsões, mentiras, roubalheiras, agiotagens, comodismo, falta de caráter e de vergonha na cara. E no governo hoje, parece que , senão tudo, quase tudo serve como uma luva para quase todos. Pode ser até que precise passar por algum ajuste, por um trespasse, valha-se de um desvio aqui e ali, mas com certeza, irá servir. Bem diferente da moda do último verão.
É uma lástima que a câmera na TV não aponte para os pés dos representantes do povo no Senado, na Câmara de Deputados, na de Vereadores, pés de todo este pessoal que está enchendo a imprensa pedindo votos. Seria interessante apreciar-lhes os sapatos justos, modelares, sóbrios, confortáveis, cômodos, de bom gosto e caros. Valeria para a italiana a chance de acrescentar outras 136 páginas em sua obra.

Coelhinho da Páscoa, que trazes pra mim...

Com alguns dias de atraso, desejando uma Feliz Pácoa!




Vai-se outro domingo de Páscoa. E as pegadas do coelhinho
em direção ao esconderijo cada vez menos visíveis


Às crianças, já não interessa a quantidade de ovos de chocolate que encontram nos ninhos no domingo de Páscoa – um ovo, dois ovos, três ovos, assim...
Sequer a cor viva, brilhante, os coloridos intensos dos ovinhos – azuis, amarelos e vermelhos também...
Menos ainda a canção que embalou dias e noites de espera, só aliviada no momento do encontro com o ninho, em que coelhinhos diligentes se incumbiram de encher na véspera, durante a calada da noite – Coelhinho da Páscoa, que trazes pra mim...
Somente depois de intensa busca, acompanhando ou não as quase imperceptíveis pegadas do coelho, é que curiosidade, surpresa e fantasia se misturavam à realidade. E então o ninho era ostentado com alegria, e tudo dava lugar ao encantamento.
As crianças de hoje, (exceção das bem pequenininhas que ainda não aprenderam o mecanismo peçonhento dos ovinhos de Páscoa) perderam este encantamento, o que, sem dúvida, é de se lastimar.
Entre as preferências destas crianças modernas estão, como nos revela a imprensa, em primeiro lugar, as marcas do chocolate, que necessitam ser famosas e disputadas através da mídia. Elas importam-se, mais do que com os novos ovos de chocolate, com os brinquedinhos ordinários escondidos em seu interior – pecinhas de montagem de algo desajeitado e vulgar, que geralmente são abandonadas devido à impossibilidade de encaixe ou mesmo por desinteresse momentâneo.
Para garantir que vocês – pais, padrinhos, tios e avós – façam a coisa certa, quer dizer, acertem nas marcas e nos pesos e ainda atentem com absoluta garantia, na observância do brinquedo surpresa que deverá constar no interior dos ovos, elas se fazem presentes em hora e local, substituindo os já não tão confiáveis coelhinhos da canção. Como exigentes investidores, conferem procedência, prazo de validade, vulnerabilidade de embalagens e decidem sobre a compra. A vocês – representantes financeiros dos coelhos – cabe o pagamento no caixa. Papai e mamãe, por receio de erro frente a seus pequenos, costumam concordar e sentir-se mais seguros com a interferência deles.
A surpresa, a busca, a curiosidade infantil e a fantasia que até aqui permearam as manhãs do domingo de Páscoa, que rumo tomaram? Provavelmente o rumo da indiferença. Porque a busca foi antecipada: aconteceu ali no super mercado, entre as muitas opções de peixes para a sexta-feira santa e de carnes para o churrasco de domingo; e o pouco de encantamento adquirido durante a transação ficou esquecido no carrinho, depois do caixa.
Ouso acreditar que talvez o afastamento destes e de tantos outros singelos rituais esteja concorrendo, junto a outras questões, para que alguns jovens e adolescentes de hoje, por solidão ou desencanto, tenham desistido, tão precocemente, da caça aos legítimos “ninhos de Páscoa” recheados de encantamento verdadeiro. E se atirem, inconsequentes, na busca de ninhos nefastos e infelizes, repletos de ovinhos recheados de brinquedinhos podres e mal encaixados.

O que pesa mais?

Noticiado na imprensa que está em fase de ser implantada uma lei obrigando donos de carroças a fazerem uso de fraldas em seus cavalos para circular em zona urbana.
E se extendessem a referida lei aos cachorros e cadelas? Animais desta espécie circulam por toda parte em número cada vez mais elevado e fariam a alegria dos donos ao parecerem-se ainda mais com bebês.





Há histórias, provavelmente de meias verdades, ou fatos não comprovados, como se queira, que assolam a imprensa com certa insistência. Em geral, envolvem crianças. É o caso que reaparece, desta vez na Rússia, de menino alimentado e criado por um cachorro. Consideremos a vida canina de um bebê em tais condições, independente da veracidade do fato. Se a criança não tem como exemplo um ser da própria espécie, e sim o cachorro é que lhe serve de modelo, ela só poderá aprender com o animal, por imitação. Assim, menino e animal se comunicam por toques, afagos, lambidas, e naturalmente, latidos. Alimentam-se do que encontram no chão, pelo caminho: ambos carnívoros, realizam a devida seleção farejando. E locomovem-se, usando os membros inferiores e superiores alternadamente, porém de quatro. A despeito de algumas diferenças, não se pode afirmar que o comportamento destas crianças sejam impróprios ou inaceitáveis. Até porque, os bebês criados por humanos, engatinham – estamos habituados ao gato por referência, poderia ser o cachorro, então diríamos, cachorrinham – , mordem, e fazem uso de linguagem incompreensível ao se comunicarem.
Certamente, há que se levantar a questão da hereditariedade. A criança em geral, ao atingir uma fase, digamos, mais racional – isto pode se dar por volta dos cinco, seis anos de vida – rejeitará naturalmente a conduta irracional. Então virá à tona o ser humano que lhe é intrínseco, próprio e permanente. Aquele que todos conhecemos.
Poderíamos nos indagar a respeito dos novos hábitos que tal criança assimilasse. Se ela usaria as mãos com desenvoltura para apreensão do alimento antes de levá-lo à boca, se faria do corpo laboratório e tentaria apoiar-se sobre as pernas sem a ajuda das mãos adotando finalmente postura de bípede, e , dando-se conta da ausência de pelos, se ela colocaria trapos sobre si, consciente da necessidade de abrigar-se. Tudo isso provindo de um preceito absoluto, de um discernimento restrito aos humanos por herança genética.
É fato relatado no decorrer da história na Rússia, que o menino foi resgatado em dado momento e levado a um orfanato, onde adquiriu conduta própria aos racionais: come, dorme, fala, brinca como as outras crianças. Anda, e ainda de quebra, joga futebol. Quiçá virá a ser um craque. Desta feita, seria mais sensato apoiarmo-nos no processo educacional, onde o indivíduo realiza a aprendizagem com base em modelo, ao invés de considerarmos conclusiva a pronta adaptação ao que é hereditário. O cão oportunizou a primeira aprendizagem, e a outra veio a seguir, no orfanato, entre os da mesma espécie. Mas é incontestável o papel da hereditariedade: a segunda chance só foi um sucesso por tratar-se de um menino. Isto não se obteria caso o cão fosse o aprendiz.
É importante salientar o quanto hoje em dia, há humanos que se frustram por não conseguirem fazer de seus cãezinhos, bebês de verdade, malgrado toda sorte de artifícios: fitinhas multicoloridas, tiaras, esmalte de unhas, vestidinhos e polainas, brinquedinhos, berços com dossel. Tais animais de estimação, apesar do investimento em sociabilidade, continuam latindo, e mesmo que lhes seja apresentado o alimento em pratos de design arrojado, ainda assim o consomem à moda canina.
Se aos cachorros – ou gatos, papagaios, ratinhos brancos, enfim –, negam-se os atos ditados pela razão, podemos usar tal assertiva a nosso favor. Como? Domesticando-os, fazendo-os nossos amigos incondicionais, até que a morte nos separe. Ao contrário das crianças (ou pessoas em geral) que sempre nos cobram os deslizes, e mais: são avessas a qualquer conformismo.
Bastaria então considerar a hereditariedade como determinante do comportamento, tanto para irracionais como racionais? Ou certo seria assegurar o domínio da educação e socialização? O que pesa mais? Não há, em minha opinião, uma balança eficaz para definir tal medida. Há, sim, uma combinação dentro da dualidade. Por vezes os aspectos hereditários estão mais evidentes, falam mais alto, à revelia. Em outras ocasiões a educação dá o tom, abranda, recua, compartilha, encoraja. São o racional e o irracional em mútuo entendimento –meninos e cachorros –, tais como os conhecemos.

CARRINHO DE ROLIMÃ

O presente conto - Carrinho de rolimã - foi apresentado na Maratona de Histórias no Dia Internacional do Contador de Histórias.
O texto é um dos 22 contos da obra No Limite dos Sentidos - Editora Movimento - de autoria de Jacira Fagundes
Para adquirir o livro entre na Loja Virtual no site www.artistasgauchos.com.br .




Carrinho de rolimã



Quantas cantigas eu recordo ainda. A ciranda dando meia volta. E o pau no gato que eu atirei.





Mãeeee, ô mãeee, estou brincando aqui fora, deixa eu ficar mãe, com os guris que eles são meus amigos, eu não saio da frente de casa , tu pode me ver da janela, eu me cuido que eles de menina só gostam de nós duas, de mim e da Carlinda porque a Carlinda é que nem guri, e eu sei que pra ela um carrinho de rolimã é coisa fácil, por isso ela fez o dela e o meu também. Puxa vida, como é bom descer a lomba no meu carrinho de rolimã, todos juntos na calçada estreita fazendo um barulhão que fica zumbindo no ouvido da gente, mas mesmo assim eu escuto a vizinha falar pra minha mãe como ela deixa eu me juntar com a molecada que invade o descanso dos moradores, só não espero pra ver o que a mãe responde. Se fosse eu falava o que a senhora tem que ver com isso. Acho que é assim que minha mãe devia responder por que ninguém fica feliz como eu em cima do carrinho de rolimã com esse vento na minha cara e esse frio na espinha. Até me dá aperto no estômago e um gosto de coisa estragada na boca, eu acho que é por causa do atrito das rodinhas nas pedras ou então é do suado dos guris, mas catinga mesmo tem o Pedrão. Ô guri catinguento vai tomar banho! é o que a Carlinda diz na cara dele e ele nem envermelha, também com aquelas unhas sujas e os cabelos cheios de sebo, sabe que eu acho mesmo que a Carlinda tem razão? Ainda mais com esse calor não dá pra agüentar o Pedrão, só mesmo porque a gente é amigo, mas sou mais amiga é da Carlinda. Eu fico sem fala agora mesmo que ela me ajuda a sentar no carrinho e eu aprendo como fazer com as rodinhas da frente pra ter cuidado pra desviar dos canteiros e do muro e das pedras de ponta e dos buracos da calçada e não cair e me esfolar nos joelhos, que a mãe fica braba e não me deixa mais brincar porque a mãe implica não é com os guris, é com a Carlinda. Larga dessa guria sem-vergonha, ela diz, a minha mãe, mas eu tenho muito carinho pela Carlinda, é um faro uma com a outra, eu digo tudo pra ela que me acontece e ela me ensina uma porção de coisas. A Carlinda é um amor, Deus me livre a mãe saber que eu boto pó no rosto e uso o batom que a Carlinda me deu e até disfarçar os biquinhos do seio embaixo da camisola pros guris não debochar eu aprendi com a Carlinda, ela sabe que eu gosto de bala azedinha e ela ganha e me traz só porque eu gosto, rapadurinha de leite a mesma coisa, mas a mãe fica dizendo que eu e a Carlinda é uma esfregação porque eu e a Carlinda vivemos é de cochicho e de lambida uma na outra e a gente assim sempre de mãos dadas umas gurias grandes a mãe diz. Mas quando é pra mãe me bater e me espiar e me pôr de castigo eu sou pequena, eu não entendo mesmo a minha mãe. Ela me fala que tem sexto sentido e eu nem sei o que é isso e eu pergunto o que é sexto sentido, mãe? E ela retruca não me responde, sua desavergonhada . Eu fico calada, vou querer apanhar? Deus me proteja das mãos da minha mãe. A Carlinda sim que é grande que já tem seio redondo e cabelinho no sovaco que eu já vi no banho que ela me mostrou e eu nem senti nojo. E é por isso tudo que eu adoro a Carlinda e adoro nossas brincadeiras, o carrinho de rolimã e os guris da rua, todo mundo descendo a ladeira o vento na cara com as rodinhas soltando faísca nas pedras e a gente suando e fedendo e descendo e caindo e rolando e esfolando o joelho e o sangue escorrendo, Carlinda, me ajuda a mãe vai me ver vai zangar me abraça Carlinda me beija na boca depressa olha a mãe.

Dia do Contador de Histórias 19 de março


No dia 19 de março, sexta-feira, a Biblioteca Lucília Minssen, na Casa de Cultura Mário Quintana, promove evento comemorativo ao Dia do Contador de Histórias.

Maratona de histórias infantis , painel, oficinas e contação de histórias para adultos farão da data um dia memorável.


No folder, o destaque de minha atuação às 17h30 contando a história para adultos "Carrinho de Rolimã"(em substituição a Fábula Moderna), de minha autoria. Da obra "No limite dos Sentidos" - editora Movimento.


PRESTIGIEM! COMPAREÇAM!


CRER PARA VER

Jacira Fagundes

Estive, no período de férias na praia, ocupando minhas horas vagas entre um prazer e um dever, com leituras de diferentes estilos de obras. Costumo fazer isto todo ano e geralmente me sobra algum espaço para, além destas, refazer algumas leituras antigas. Desta vez foi o caso de um livro já lido, mas sempre bem vindo como leitura voltada a comportamento.
Não façam críticas apressadas. Eu não o classificaria como livro de auto-ajuda, embora não menospreze tal literatura. Crer para ver, de autoria de Wayne W. Dyer é um guia de análise do comportamento. Conforme afirmações do autor, são os nossos pensamentos que nos levam a agir de diferentes formas, muitas delas amargas e infelizes. Não são os fatos externos, ou as circunstâncias, na maioria das vezes, os responsáveis por nossos caminhos prazerosos ou intrincados, amorosos ou cruéis, ternos ou vingativos. E, contrariando o dito atribuído a São Tomé – que é preciso ver para crer – Dyer faz um demonstrativo do processo ao inverso – vemos somente aquilo em que anteriormente acreditamos em nosso pensamento.
É de se refletir sobre a questão. Tomemos o conhecimento do caso recente para os brasileiros, da personagem que nos chega através do candidato a Oscar – “Preciosa”. Ela saiu da vida real para a telona, é inculta, pobre, negra, gorda e feia. Qualidades deploráveis para muitos, sem dúvida. Conta-nos no livro autobiográfico que antecede ao filme que foi abusada pelo pai e (pasmem!) também pela mãe. Teve dois filhos frutos da relação incestuosa. Caberia ser uma vida perdida, sem esperanças de futuro. Mas, provavelmente, deve ter acontecido algo precioso em sua mente – um pensamente aberto a oportunidades, que cresceu e acreditou, e crendo, encontrou a ajuda que precisava para seguir vivendo, daqui pra frente com a dignidade merecida.
Diz-se que, quando o discípulo está pronto, o mestre aparece. Discípulo pronto, creio, nada mais é do que aquele que construiu na mente o arcabouço para receber o conhecimento. Assim mais aprende o aluno do que o mestre ensina, sabemos disso.
A ciência, os grandes inventos, as vacinas, a tecnologia, trilham este processo da crença num pensamento que se instala e é perseguido com trabalho e empenho por mentes fabulosas que, muitas vezes na contramão do factual e do já estabelecido, leva a resultados edificantes para a humanidade. A história do homem, desde os primórdios da civilização, nos comprova.
O mundo é pleno de oportunidades e de possibilidades e, no entanto, hoje nos parece ver a raça humana presa numa armadilha que ela própria construiu segundo circunstâncias nefastas. “Por que não?” talvez seja a pergunta chave que se deva fazer diante destas possibilidades. Se o pensamente de sermos mais fraternos, ou mais inteligentes, ou mais audaciosos, ou ainda responsáveis, comprometidos, talentosos; ou se precisamos fazer uso da rebeldia, da coragem, do desenlace, para sairmos do caos e enxergar a luz, que se abrace tal questionamento. Crendo, que se persiga. Para poder visualizar e alcançar outra realidade mais de acordo com a felicidade e valores éticos, principalmente.
Possamos, cada um de nós – enquanto seres humanos ainda não enfraquecidos –, cumprir nossa parte, direcionando e acreditando no poder construtivo e salvador de nossas idéias.



Crônica escrita em 03 de março de 2010 e publicada no jornal cultural RSletras de março/2010

Convite para antologia- literatura,música e artes plásticas

Caro Escritor
A Ativista Cultural Rosane Bastos (*) está organizando uma coletânea artística em homenagem à Sra.

Eva Sopher
Diretora do Theatro São Pedro

denominada “Arte da Alma”, que reunirá em um livro as obras de escritores (poesias, contos, crônicas, ensaios), compositores e artistas plásticos que quiserem dela participar, constituindo-se assim uma antologia diferenciada.

Ficaremos muito honrados em contar com seu talento abrilhantando esta mais do que merecida homenagem.

O valor do investimento para participar da obra é de R$ 70,00 por página de textos utilizada e R$ 95,00 por página com gravuras dos artistas plásticos, dando direito a 3 exemplares do livro por página adquirida. Terá também o autor o direito de participar de uma sessão coletiva de autógrafos na Feira do Livro de Porto Alegre.

Para esclarecimentos adicionais, favor contatar a Rosane pelos telefones nº (51)84444322/98911148 ou pelo e-mail rosanebastos17@hotmail.com.

Os trabalhos deverão estar em poder da Rosane até o dia 30 de abril do corrente.

Agradecemos pela atenção e contamos com sua honrosa participação.
Saudações

Editora Alternativa Ltda.
Milton J. Pantaleão


(*) Rosane é jornalista, escritora, ativista cultural e organizadora de diversas coletâneas literárias; foi responsável durante 4 anos por um caderno no Jornal RSLetras denominado Artesul.

Mania de gavetas - livro em andamento


Escrever um livro é sempre aventurar-se a voos fantásticos, plenos de incógnitas e imprecisões, isentos de traçados rígidos e conclusivos. Uma aventura que necessariamente envolve um processo, um andar meticuloso ou acidentado, ou ainda delirante. Para cada escritor um caminhar diferente, contudo um processo em desenvolvimento.
Pois foi ao criar a personagem Caroline, a Carol de Mania de Gavetas – novo livro infanto-juvenil em processo – que me dei conta que também criava uma personagem em processo. Porque Carol não me veio pronta, como em outros livros infantis. Ela é uma garota em sua fase de pré-adolescência, que aos poucos ganha forma, uma vez que busca algo que não sabe o que é, e a cada enfrentamento com algo inusitado avança uma etapa e Carol vai se construindo e dando-se a conhecer na visão da criadora, ou da autora da obra.

Em Mania de Gavetas, experimento um processo inovador: transporto minha experiência em arte postal para a literatura. Ao criar uma Convocatória de Arte Postal – uma imagem para interferir– , abro possibilidades para artepostalistas e outros artistas interferirem no meu processo de criação, inserindo um ou outro tema no livro, relacionado a aspectos resultantes da interferência e que possam me surpreender, da mesma forma como surpreenderiam a personagem Carol. Em se tratando de processo de criação de narrativa representada por texto/imagem, considero uma experiência divertida e excitante.
A Convocatória de Arte Postal é um convite a artistas em geral.



Convocatória de arte postal
Imagem para interferir – Mania de gavetas
O que você guarda naquela gaveta especial?

Técnica: livre
Tamanho: A4
Exposição paralela ao lançamento do livro
Mania de gavetas - 2010
Interferir e enviar até 30 de março de 2010 para:
jamafag@terra.com.br
Jacira Fagundes
Escritora
http://www.jacirafagundes.com/


DESVIO

  Desvio Sim, essa é a vontade, pegar um desvio. O ano correu, essa é a verdade. E eu segui naquele mesmo passo do ano passado. Agora não, S...