Feliz Ano Novo
Ano Novo de novo?
Novo em que aspecto, em que
sentido?
No bom sentido, óbvio. É o que
todo mundo quer. Um ano ainda melhor do que o anterior, com muita saúde e
felicidade.
Parece vago. Posso entender o
que seja “saúde”. É fácil – não surgir nenhuma doença, tampouco um acidente que
empurre o sujeito pra uma temporada numa cama de hospital.
Porém, garantir saúde envolve
um preço alto. Alimentação saudável, exercícios regulares, equilíbrio entre
trabalho e lazer, entre vida apressada e descanso.
Conservar a saúde não se faz
com mágica, e sim, com disciplina e seriedade.
Portanto, prevenir com
cuidados simples e rotineiros é bem mais eficiente do que ir atrás depois que a
falta dela se instala.
E felicidade? O que é mesmo
esta palavra tão abstrata, cheia das melhores intenções e vazia de significado
semântico?
Também é o que todo mundo
deseja, para si e para todos os amigos e familiares. Mesmo sem um entendimento
completo do que seja.
É algo bem mais complexo, uma
vez que não dá pra prevenir como se faz com a saúde.
Algumas coisas podem fazer a gente
feliz, nem que seja por momentos fugazes. Outras garantirão dias e talvez meses
de euforia. Um carro, por exemplo, ou a entrada na universidade. Se for
universidade federal ainda é maior felicidade do que numa particular.
Veja a complexidade da tal de
felicidade. Há parâmetros, critérios, valores principalmente em questão. E ela
precisa ser vivenciada no interior do sujeito, absorvida com garra, para valer.
Se a coisa não encontra
sintonia no lado de dentro, a felicidade não se faz.
Porque, seja o que for –
dinheiro, objetos valiosos, viagens, sucesso, e até mesmo saúde – que deixe de
causar aquela sensação atemporal e indefinida – de completude, de euforia, de
afeto, de entendimento, de liberdade e por aí afora – será oportuna talvez,
porém passageira e, ao se constituir num hábito, provavelmente enfadonha.
Vou desejar “saúde e
felicidade” a todos aqueles que amo, e quero, eu também, compartilhar desta
bendita dádiva.
Que nos venham o dinheiro e o
sucesso em nossos empreendimentos, que sempre serão benvindos.
Mas disso tudo, guardemos no
coração, a cada dia do ano novo, o que nos é mais caro – os momentos vividos,
os abraços, as intenções, as promessas, as presenças e também as ausências
necessárias, os sorrisos e as lágrimas, a fé, a esperança, o desprendimento e o
amor.
Caso os primeiros nos faltarem
no Novo Ano, os últimos, com certeza, garantirão o equilíbrio da balança.
E isto é felicidade.
FELIZ ANO NOVO!
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